A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo de tecido adiposo e normalmente é resultado de um maior consumo que gasto energético.

A  obesidade também sofre influência da interação dos genes, do ambiente, de fatores emocionais e principalmente do estilo de vida.
Não há controvérsia de que balanço energético negativo, causado por redução na ingestão calórica em relação ao gasto, resulte em diminuição da massa corporal. No entanto, há muita divergência sobre a melhor maneira de promover essa redução do consumo de calorias.
Algumas dietas de emagrecimento são nutricionalmente corretas e consistentes com bons hábitos alimentares. Porém, outras se apresentam como dietas milagrosas, que encorajam práticas irracionais, algumas vezes perigosas, que e passam a ser feitas pela população devido à promoção da mídia e celebridades. Entre estas dietas da “moda”, podemos citar as dietas ricas em gordura e pobres em carboidrato como: a Dieta “Revolucionária” do Dr. Atkins, Protein power, The carbohydrate additct’s diet, Dr. Bernstein’s diabetes solution, Life without bread, South Beach, Ducan e mais recentemente a dieta paleolítica ou Paleo. Estas defendem que uma dieta rica em carboidratos deixa o indivíduo menos satisfeito, com mais fome, querendo consumir ainda mais  carboidratos o que leva a maior  produção de insulina e inibição da liberação de serotonina cerebral, que por sua vez, induz aos indivíduos a quererem comer mais.
 Esses autores defendem  que uma dieta rica em gordura leva à cetose e diminui o apetite, no entanto, as evidências científicas não conseguem verificar diferenças no apetite ou sensação de bem-estar. É fato que essas dietas promovem perda e peso, uma vez que a retirada de carboidratos leva a uma redução do consumo de calorias. Desta forma, os efeitos benéficos provocados por elas estão mais associados a da perda de peso do que a composição da dieta.  Se considerarmos que todas as dietas hipocalóricas levam à perda de peso, devemos sempre estar atentos aos prós e contras de cada uma das alternativas.
As dietas da moda, normalmente ricas em gorduras e escassas em carboidratos, causam maior perda de água do que de gordura corporal. Essas dietas também podem ser ricas em gorduras saturadas, colesterol e deficientes em vitaminas A, B6, E, folato, cálcio, magnésio, ferro, potássio e fibras. Podem ainda levar a halitose, dor de cabeça e calculo renal e assim questiona-se a segurança  do seu uso no longo prazo.
Na percepção popular,  quanto maior for a velocidade e  quantidade de peso perdido mais sucesso se tem na dieta. No entanto, estudos indicam que quando se perde peso rapidamente é difícil sustentar a perda no longo prazo. Portanto, o sucesso da dieta deve ser medido considerando a capacidade do indivíduo em sustentar a perda do peso.  Nesse sentido, uma dieta  planejada individualmente, equilibrada e nutritiva que obedeça aos princípios de uma boa alimentação tem muito mais chances de sucesso incluindo a redução considerável de gordura.
Em suma, não há nenhuma evidência científica de longo prazo sobre a efetividade das dietas da moda na perda de peso, sem que se estabeleça um balanço energético negativo. A velocidade da perda de peso também  pode estar ligada ao patrimônio genético, alterações endócrinas e o atual  hábito alimentar dos indivíduos. Por isso, na hora de optar por um tratamento para emagrecer, procure um especialista.
REFERENCIAS
1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. Technical Report Series 894. Geneva, 2000.
2. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM. O que é a Obesidade?. 2016. Disponível em: http://www.endocrino.org.br/o-que-e-obesidade . Acesso em: 11 jan. 2016.
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SINDROME METABÓLICA – ABESO. OMS: Obesidade e sobrepeso: tratamento dietético. 2016. Disponível em: http://www.abeso.org.br/uploads/downloads/92/57fccc403e5da.pdf . Acesso em: 11 jan. 2016.

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