O excesso de peso e a obesidade vem tomando proporções alarmantes na infância.

O consumo de refeições prontas como biscoitos, embutidos, refrigerantes, associados ao sedentarismo, se configuram como os principais responsáveis pelo aumento de peso e obesidade. Estratégias de grande restrição alimentar ou dietas da moda, no entanto, não são recomendados no combate ao excesso de peso infantil.
Quando se desconfia que há excesso de peso na infância, é importante diferenciar se o aumento da gordura corporal é fisiológico ou patológico. Durante a fase escolar (7 a 10 anos), por exemplo, é comum que o peso e o apetite aumentem mais que a estatura. Esse é um mecanismo de adaptação do corpo para ser preparar para o período do estirão, no qual haverá um crescimento vertical mais acentuado e assim pode-se dizer que o ganho de peso é fisiológico.
Ao se constatar que o excesso de peso é patológico, ainda assim deve-se lembrar que as crianças possuem uma alta demanda de calorias e nutrientes fundamentais para seu crescimento e saúde. Assim, o tratamento da obesidade infantil deve ser baseado na reeducação alimentar, evitando-se proibições severas, e estimulando o consumo adequado de alimentos “in natura” como: arroz, feijão, tubérculos, peixes, carnes, ovos, frutas, verduras, leite e derivados.

Uma estratégia que também pode ser aplicada, especialmente em menores de 7 anos, é manutenção do peso, ao invés da perda, por um período de 6 a 12 meses. Desta forma, o aumento da estatura pode minimizar, ou até mesmo corrigir, o problema do excesso de gordura. Já para crianças acima de 7 anos deve-se programar para que haja uma perda de peso lenta e gradual próxima a um quilo por mês. Em adolescentes, que já passaram pelo estirão, a meta de perda de peso pode ser um pouco mais agressiva, sendo possível reduzir 500g – 1000g por semana. Por todas essas questões é importante que o acompanhamento seja feito por profissionais habilitados no intuito de garantir que o emagrecimento ocorra sem que faltem os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento.

Autores:
Aline Pereira e Thiago Onofre

Deixe um comentário