A alimentação adequada na infância é primordial para garantir a oferta dos nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento da criança.

É na primeira (12 a 36 meses) e segunda infância (3 a 6 anos) que a criança passa a definir suas preferências alimentantes. No entanto, em muitas crianças, há falta de apetite ou baixo consumo de alimentos, o que pode trazer grande preocupação para os pais e prejuízo ao desenvolvimento das crianças.
A inapetência, ou falta de apetite, é muito comum na transição da primeira para segunda infância, podendo ser de causa orgânica ou comportamental. Independentemente de sua etiologia, pode gerar consequências como o baixo peso em relação à altura, diminuição do ritmo de crescimento, apatia e desinteresse pelos alimentos. Comumente vem associada à deficiência de micronutrientes, especialmente o ferro, se constituindo como um importante problema para a saúde da criança.
A preocupação por parte dos pais muitas vezes os induzem a comportamentos errados como forçar a ingestão de determinados alimentos, chantagear ou até mesmo premiar as crianças, com alimentos não recomendados, caso aceitem comer o que os pais julgam adequado. Infelizmente essas condutas podem trazer outros efeitos negativos que acompanharão as crianças pelo resto de suas vidas.

Então? O que fazer? O primeiro passo é elaborar um planejamento alimentar que fique claro, para a criança e para os pais, o horário e conteúdo das refeições. Posicionar a criança em ambientes tranquilos, livres de televisão e outros mecanismos de distração, pode ajudá-la a focar e perceber melhor o sabor dos alimentos. É muito importante também que a hora das refeições seja um momento de prazer, em que todos comam juntos, e ocorra na presença dos familiares ou colegas. Solicitar a contribuição da criança na definição, compra e até mesmo no preparo dos alimentos também são ações que podem favorecer o combate a inapetência.

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