A enxaqueca é caracterizada por dor na cabeça de intensidade moderada a severa, localizada na região fronto-temporal unilateral ou bilateral, em caráter pulsátil ou em pressão, muitas vezes associada à náuseas e vômitos.
Pode ainda estar associada à intolerância à luzes fortes ou ruídos intensos. A duração e frequência da dor pode variar entre os indivíduos, mas é estimado que acometa 12% da população, em especial as mulheres. Seus portadores têm maior propensão a desenvolver distúrbios de ansiedade e transtornos do humor além de sofrerem com prejuízo da qualidade de vida.
Embora maiores esclarecimentos sobre as causas da enxaqueca sejam necessários, estima-se que distúrbios do sono, stress e fatores dietéticos estejam entre os principais responsáveis por esse disturbio. Há ainda estudos que correlacionam a maior prevalência da enxaqueca em pessoas com sobrepeso e obesidade.
Dentre os fatores dietéticos, ficar muito tempo sem se alimentar ou consumir excessivamente bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, industrializados ou embutidos se correlacionam fortemente com a frequência aumentada das dores de cabeça. Por outro lado, o consumo de alimentos ricos em ômega 3, vegetais verdes escuros, leguminosas, oleaginosas e especiarias, como gengibre e manjericão, parecem minimizar as dores de cabeça.
Diante disso, entende-se que o controle de peso e um programa de alimentação equilibrada exercem papel fundamental para piora ou atenuação da enxaqueca.
– SILVA, L.C.S. FREITAS,B.J.S Dietetics and Nutrition Influence in the Migraine. J Health Sci 201618(1):63-69.
FELIPE, M. R. CAMPOS, A. VECHI, G. MARTINS, L. Implicações da alimentação e nutrição e do uso de fitoterápicos na profilaxia e tratamento sintomático da enxaqueca – uma revisão. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr.= J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, v. 35, n. 2, p. 165-179, ago. 2010